terça-feira, 15 de julho de 2014

O Poderoso Chefão

Uma história de crimes, amores , traições e peculiaridades
Por Bruna Rodrigues


Um clássico para ser assistido, revisto e amado.  O Poderoso Chefão, dirigido por Francis Copolla, faz, em 2014, 42 anos de criação. O longa-metragem é divido em uma trilogia com cerca de três horas cada filme e conta a história da família Corleone, uma das seis famílias ligadas à máfia Italiana nos Estados Unidos nos anos 40. A obra original de Mario Puzo também é roteirizada Robert Towne e possui direção fotográfica de Gordon Willis.

No primeiro filme, Marlon Brando dá vida a Don Vito Corleone primeiro "chefão" da família, que morre de causas naturais, pouco tempo depois de ser baleado em um ataque e ter sua saúde fragilizada. O longa inicial trata-se, de fato, da iniciação do filho Michael Corleone (Al Paciono) na Máfia. Ele se torna sucessor do pai e protagonista de todo o enredo.  Vale lembrar, neste sentido, que a relação familiar carinhosa rege todas as as ações dos Corleone e seus “valores" são pautados na tradição cultural e religiosa.


Vários elementos merecem ser destacados nessa produção, dentre eles está a atuação de Brando, a linguagem e funcionamento próprios da Máfia Italiana, esclarecida nos trinta minutos iniciais do filme e a fotografia. Isso sem falar na atuação brilhante dos atores Janes Caan, Robert Duvali, Sterling Hayden, Richard Castellano, John Cazele, Diane Keaton, Al Lettieri, Taila Shire, Richard Conte, Jonh Marley, Franco Citti, Saro Urzi, Sofia Coppola, entre outros.

O segundo filme demonstra o estabelecimento de Michael no poder da " família", bem como a expansão de seus negócios em Cuba. O enredo também conta a história do patriarca Corleone, sua infância e morte de seus pais, assassinados por uma família mafiosa da Cicília, além de sua iniciação no mundo do crime. Neste ponto, a narrativa já apresenta sinais da decadência de Michael e de sua estrutura familiar. Ele se separa da mulher e rompe com seu irmão Fredo Corleone, que o trai. Destacam-se nesse filme as rupturas atemporais, que narra as trajetórias de pai e filho, além do momento histórico de Cuba, contextualizado no golpe de Fidel Castro. 

O último filme mostra a decadência de Michel e sua tentativa de sair do mundo crime. A produção faz uma crítica à religião e à filantropia, formas utilizadas pelo "chefe" para "limpar" a família. Porém, as apostas para legalizar os negócios não funcionam, pois as outras "famílias" não aceitam a dispensa e travam uma nova guerra. O enredo também é marcado pela decadência física de do Dom Corleone, sua reconciliação com a mulher e a proximidade com os filhos. Além de suas lembranças e arrependimentos pelas escolhas que realizou.


Resumos e observações à parte, as diversas críticas, resumos e premiações não dão conta de conhecer essa obra em sua totalidade e particularidade. Assistir o Poderoso Chefão revela-se sempre uma experiência de novos enigmas, emoções e interpretações.

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